terça-feira, 16 de junho de 2009

Ônibus

"Aos dois destinos eu cheguei sozinha.
No banco ao lado a mochila descansava..."
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E fui pensando. Dessa vez não peguei o livro pra doer a cabeça, por causa do roçar de pneus e paralelepípedos, e das paradas bruscas. Mas nem existiram paradas... Sozinha eu fui. E foram também meus pensamentos, pra bem longe dali.
O costume faz acomodar. Quase me esqueço de puxar a cordinha. Se esquecesse, teria algum problema? Talvez eu fosse parar no país das minhas maravilhas, e veria um coelho.. um coelho não, uma borboleta apressada, e a seguiria. Depois as pessoas vestidas de carta, poções, sorrisos, reis e rainhas, portas grandes e pequenas dando caminho a mundos diferentes.
Mas eu puxei a cordinha e "Piiiiih", o motorista sabia que eu não ia pr'aquele outro país, porque não era aquele o ônibus que ia pra lá. Então parou e me deixou descer, no lugar onde os macacos se vestem de pessoas e fingem saber importâncias. So... Let's go!

Um comentário:

  1. Parafraseando o nosso grande Raul Gil, para você eu tiro o chapéu.

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