sábado, 13 de junho de 2009

Não na hora marcada

Outra vez ele não estava lá.
Ele pergunta onde ela vai estar, talvez para dobrar a próxima esquina, uma que vá para o lugar mais longe dali, de onde ela dissera.
O que vai ser melhor? Esquecer. Essa é a única saída.
Um coração feito um ursinho velho, desgastado pelo tempo, deixado de lado em troca daquele brinquedo da moda.
Sem olhos puxados. Sem calafrios e expectativa.
O tempo, aquele que o homem inventou, já passou.
A demora, embora sedutora, se esvaiu em pedacinhos de um quebra-cabeça que talvez não seja nunca montado. Ela parou, como parou a esperança. Não existe mais demora quando não há mais o que se esperar.
Aquele lugar lá longe era mais divertido, mesmo que sem ela.
O lugarzinho ali mais perto trazia o sufoco da rotina, já era muito visitado.
Vamos andar em outro lugar...

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