quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Não volta...

Sou agora apenas um emaranhado de palavras tentando sair pela boca seca, só para tentar dizer como me sinto e nunca me senti antes... Parecido com quando o chá é servido e você quer uma amora no lugar da xícara.
Sorte no Amor, Azar no jogo? Azar nos dois... nos três. Até onze...
Sempre quis viver pedalando na primeira bicicleta, rosa, com rodinhas atrás... E o balanço feito de pneu velho pendurado numa árvore de pinha.
Não é saudade. Nostalgia não. Saudade é pouco para o Amor. Amor é pouco para o que sinto...
E é sobre outra coisa que falo. Ainda o emaranhado de palavras indecisas e indefesas, que têm medo de serem mortas pela pouca sanidade que me resta, só para ter o gosto da felicidade dos loucos, senão por toda a vida.
Eu quero uma sinfonia longa, feia e macia. Com verrugas... Para parecer carruagem.
Os oboés fazendo uma só nota, sustentada durante toda ela, sem respirar... Sem fôlego. Sem suspiro, de Amor também não. É feia a sinfonia... O solo com cães latindo no palco do teatro.
É isso que eu sinto agora. Sinto e me sento na cadeira no meio do nada, tudo branco.

Eu moro na janela. Para ver o que me mantém, mas me corrói por dentro. Por isso estou tão fraca...

Um comentário:

  1. E não digo isso simplesmente para retribuir o seu comentário no meu blog, mas eu me identifiquei muito com este texto.
    Seu jeito de escrever é muito bom!

    E droga, preciso sair do computador e quero terminar de ler os textos... :/

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