sexta-feira, 11 de março de 2011

Incompletificante

Irei, com certeza, chorar na lembrança do olhar pela janela, enxergando o trem passar. Soluçar a saudade vazia dos dias de chuva, carregados de significado decorrente do anoitecer friorento. E foi a noite quem me confessou um dia a minha própria vontade de me afogar no vento umedecido.
Descobri há tempos como não gosto das coisas e valores alheios, mas gosto das minhas coisas, não essas coisas, mas as coisinhas... Sabe se lá. É como preferir o não querer especificar, porque é enjoativo e radioativo. Mesmo assim, muitas coisas ao mesmo tempo incorrem no mesmo fim, pode ser. Personalidade? Nem sempre é.
Quadrinhos em preto e branco revelam o gosto pelo vinho tinto e pela sabedoria perdida no acaso. Por isso é que as coisas não se encaixam perfeitamente... Azeite vai fazer escorregar apenas.
Quando a luz vermelha começar a piscar desesperadamente é hora de acabar o show... É aí que os bandolins e fagotes entram e começam a admirar a beleza dos vagalumes perdidos na cidade grande.
Hoje a lua brilhou fosca dentro da serenidade do cálido coração. Só a loucura se deixa ser capaz de entender escritos sem fundamento algum, porque são os que têm mais significado que a veste xadrez do velho sentado no banco da praça.
E por falar em xadrez, um cheque de cinquenta centavos bateu a minha porta. Quem deixou entrar foi minha angústia. Por isso e por aquilo, mate!

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